quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tempo de pagar as contas

Porque 3 meses é demais, e porque as novidades em Portugal parecem trazer tempos agitados, regressamos aos nossos pensamentos.

Desta vez com uma coisa leve mas que, na verdade, resume tudo o que para aí vem. Poder-se-ia perguntar:

What kind of cruel fate is this, dear reader...when even the zombies on the public payroll aren’t safe from layoffs? Have the gods turned against us?
- Bill Bonner, on the Daily Reckoning

Claro que na bela praia lusitana não vamos tão longe. Seria impensável o despedimento de gente que só sobrevive e recebe ordenado porque o seu patrão detém prerrogativas de confisco e não precisa de satisfazer qualquer cliente.

Nem faria sentido transferir mão de obra do sector distributivo para o produtivo. Há realmente muito para distribuir e não se podem dispensar tais recursos!!!

Recursos (braços) necessários à produção continuarão dedicados a uma economia que apenas distribui criação alheia. Não só pesam de um lado da balança, como fazem falta no outro.

Não me parece que Deus (ou os deuses) tenham muito a ver com a questão. Parece-me, tão simplesmente, que é tempo de... PAGAR AS CONTAS.

Mas como se impõe, uma vez mais serão os contribuintes responsáveis a pagar pelos irresponsáveis. Quem produz, a pagar por quem nada faz. Quem constrói, a pagar pelos que só sabem destruir.

Enfim. Pelo menos terão mais 5 ou 10 por cento de alívio, quando partilharem o saque... A conta, essa, será paga pelos de sempre: a trabalhar, a produzir e a satisfazer quem sabe que tem de pagar pelo que deseja.