quinta-feira, 19 de março de 2009

Rumo ao persecutório (2)

Conforme haviam prometido, por uma vez cumpriram a palavra e acabaram mesmo por fazê-lo: uma lei específica para aplicação a uma determinada situação, dirigida a indíviduos selecionados e com efeitos rectro-activos.

O principio não é novo. Se agora é para evitar favorecimentos, regra geral ele é aplicado para os promover. Acontece frequentemente ao abrigo do lobby e do comércio de favores politicos que o modelo exige, por via dos amplos poderes do estado.

Acontece que a intoxicação permanente da opinião pública tornou agora o processo "públicamente aceitável", eu diria mesmo desejável. Este é um novo quadro tão relevante quanto perigoso. Quando algo se torna "aceitável", não tarda em que o principio se generalize e seja usado em favor dos detentores da força.

A política fiscal deixará de ser uma forma de financiamento do governo e passará a ser usada como arma, para o bem e para o mal. E basta olhar à nossa volta para ver este principio ser defendido e proposto da esquerda à direita. Desde revolocionários a socialistas, de conservadores a neo-liberais, em nome de uma pseudo justiça.

Convém alertar que a diabolização dos executivos da AIG ou do BPN ou de qualquer outra entidade irresponsável e/ou criminosa não é mais que um engodo, com o qual se pretende encantar a sociedade. A AIG não é novidade, como não o foi o BPN. Há cerca de um século que os estados retiram dinheiro aos seus cidadãos produtivos sob o pretexto de combater pseudo injustiças. Como se uma injustiça pudesse justificar outra! Era injusto antes, e continua a sê-lo.

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