Para os fluentes em inglês, podem ler no New York Times (NYT) a expressão que aqui traduzo por: "os legisladores afirmaram que tentariam recuperar o dinheiro através da adopção de novas leis fiscais".
Sem apelo nem agravo se demonstra e afirma que a objectividade da lei já era. Que o próximo passo será a legislação "a pedido" e especificamente direccionada a casos e pessoas concretas.
É preciso compreender os custos da nacionalização. Ela acarreta a politização de toda e qualquer decisão.
É preciso também entender as razões profundas que levaram Washington a nacionalizar a AIG, sob o pretexto de evitar um colapso financeiro do sistema. É preciso saber a quem serve este sistema, e quem teria de abdicar do poder que o actual sistema falacioso permite.
É por estas e outras que não deve ter o estado qualquer participação em capitais. Nós por cá também tivemos o badalado negócio Manuel Fino/CGD, em relação ao qual eu gostaria de não ter nada a ver com ele. Em condições normais, e num sistema de mercado livre, seria um problema apenas dos accionistas da CGD, pois seria o seu capital que estaria em questão. Mas infelizmente o estado português obriga-nos a todos a ser accionistas da CGD logo, é um problema de todos.
Voltando ao cerne da questão, um estado em que as leis se fazem com objectivos concretos e visando questões específicas é um estado sem ordem, e sem futuro. Lembro que isto acontece nos EUA, que têm uma prática e tradição de liberdades individuais muito maior que na europa. Nós por cá, sem tamanha tradição, começamos por legislar há uns dias sobre a quantidade de sal no pão.
É só o começo.
terça-feira, 17 de março de 2009
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