A discussão tem, ultimamente, aparecido de forma regular. Quando a realidade aperta, e os delirios e delirantes são confrontados com a dura natureza e com a forma das coisas, a discussão aquece.
Muito se tem falado da moeda unica e da sua manutenção, da coesão interna da UE, económica e política - de que serve afinal uma união desunida pela adversidade? - num quadro de medidas que são, afinal e meramente, os típicos intevencionismos solidificados durante todo um século. Ninguém ousa pensar fora da pequena caixa de areia do recreio em que se transformaram a sociedades contemporâneas.
Em Novembro passado, o diário espanhol "El País" refletia sobre esse mesmo recreio, num artigo intitulado: "é possivel uma desvalorização interna?". A crua natureza objectiva da realidade, a que se vive fora da caixinha de areia, faz-nos sentir a concreta e inevitável desvalorização. Dentro da caixa, prostitutas e proxenetas equacionam as várias possibilidades de, manobrando uma massa de marionetas, articularem e/ou contrariarem a própria realidade.
Atados e amordaçados pela moeda unica, conjecturam soluções para "una devaluación interna que tuviera unos efectos similares a la tradicional "vía bajada de precios, sueldos y salarios"". Mas nesta caixinha, a "bajada" lê-se afinal "Los salarios españoles deberían crecer durante muchos años por debajo de la zona euro" - No coments...
Qual tubo de ensaio, as propostas de experiência na caixinha variam desde "una deflación del 20% de precios y salarios", passando por "una bajada de cinco puntos en las cotizaciones sociales y una subida de dos en el IVA" - que tipo de "bajada"? - ou ainda "reducir nuestros costes, no sólo el salarial; sino los energéticos, los de las infraestructuras...". Ninguém parece estar farto de tanta marioneta e de tanto cordelinho.
Chavez dispensou as prostitutas. Com uma mestria inacessível a aprendizes e aspirantes a proxenetas, passou à acção dispensando os preliminares. No nosso lado da caixinha, ainda que a medo e paulatinamente, vai-se também afirmando, em relação á desvalorização por decreto que "Dada nuestra situación económica, es la mejor opción a corto plazo para ganar competitividad pues hace todo el trabajo de una vez, y tiene menos efectos secundarios que otras opciones" - que "efeitos secundários" eu nem pergunto...
Neste lamentável quadro de opções, e admitindo a inexistência de um mundo livre, duma realidade natural e objectiva, negando a justiça dos direitos naturais de cada individuo e alinhando com essa corja de parasitas intelectuais que proclamam a inevitabilidade de uma sociedade canibal, podemos minimamente dizer que: louco por louco, antes os que se assumem.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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