se há fontes de quem devemos sempre desconfiar são as oficiais, sejam governamentais, sejam as da Justiça. Essas foram as fontes que sistematicamente mentiram no Wattergate e essas são as que mais têm comprovadamente mentido na história recente dos países democráticos.
Ainda por Nuno Nogueira Santos, no mesmo post:
fez ontem cinco anos que o Governo espanhol garantiu a pés juntos ter sido a ETA a responsável pelos ataques de Madrid, sabendo perfeitamente haver todas as razões para acreditar que não tinha sido. Faz amanhã cinco anos que o El País desmentiu o Primeiro-Ministro. Como disse a propósito Cebrián: “não nos passava pela cabeça que um Primeiro-Ministro fosse uma má fonte e, por isso, publicámos uma mentira. Mas a partir de agora, temos que desconfiar sempre da palavra de um Primeiro-Ministro, antes de a usar como fonte”.
"Não nos passava pela cabeça que um primeiro-ministro fosse uma má fonte"? Mas que IRRACIONALIDADE é esta? Então a noção de conflito de interesses é algo desconhecido para um suposto jornalista?
Relembro que uma das principais características do Homem, enquanto ser racional, deverá ser a obrigação moral de nada deixar acima do juizo da sua própria mente. É uma condição essencial para garantir e manter a condição humana.
Eu diria que bastava ter um pouco de formação sociológica e histórica para chegar à conclusão de Cebrián e que ter sido necessário chegar a certo ponto é mais uma demonstração da verdadeira sociedade contra-natura em que vivemos e que aqui tentamos denunciar.
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