quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Livre comércio e prosperidade em 4 minutos

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

De crianças mimadas a homens grotescos: um produto do estado social

A ligação entre a Razão e o Pão é umbilical. Ao contrário do que quiseram estabelecer como convencional, não é a falta de Pão que leva à perda da Razão. Ao invés, é apenas através de atitudes racionais que se pode assegurar a subsistência a longo prazo.

O descalabro social a que assistimos, hoje em Londres, ontem em Atenas e amanhã um pouco por toda a parte, constitui a manifestação exterior de algo profundamente intrínseco ao homem contemporâneo: irracionalidade.

Nada mais natural para gerações que nasceram em "sociedades solidárias", com mecanismos de "protecção social" e "desenvolvimento sustentado", e que nunca vislumbraram sequer a necessidade de pensar ou tentar compreender como seria possível que milhões de seres vivos, em teoria inteligentes, aceitassem como valor de justiça suprema a "partilha pelo confisco".

Facto é que todos nós, em maior ou menor grau, reconhecemos ao nível familiar a necessidade de educar os nossos filhos para a adversidade, para o valorizar do esforço e a nobreza do mérito. Ainda que esteja já em fase de decadência, este é um traço que é ainda visível na génese do indivíduo de bom carácter, e aspecto considerado imprescindível de uma boa educação: obter por mérito, e não por favorecimento; adquirir pelo trabalho, e não pelo saque; valorizar a troca, e repudiar a esmola. Ser sério passa por não enganar o vizinho, ser honrado passa por retribuir o que se recebe - afinal, a essência do livre comércio.

Curioso como, em matilha social, o homem se transforma. Agrupados em gangs de variadíssima ordem - usualmente de cariz profissional, geográfico ou patrimonial - não hesitam em materializar os seus caprichos mais básicos. Caprichos, e não ambições. Uma ambição é legítima, desde que de forma racional, se conceba uma estratégia de se obter honradamente o que se ambiciona. Um capricho é próprio daquelas crianças mimadas, cuja família nunca soube transmitir a necessidade dum esforço de construção para aquisição de algo. Tudo é adquirido, não importa como nem quem o torna possível.

É fantástico como muitas famílias (ainda que por maioria de razão cada vez menos) sejam capazes de repreender e chamar a atenção dos seus membros mais pueris para a necessidade de valorizar o esforço de quem põe o Pão na mesa para, no ãmbito social, representarem a mesma infantilidade caprichosa perante os seus supostos iguais.

Em grupos profissionais, regionais, políticos, religiosos, económicos, étnicos ou qualquer outro expediente que o momento possa ditar, lançam-se na busca própria duma sociedade canibal que ousou instituir direitos adquiridos como base moral. Adquiridos a quem? Não interessa. Para quem? Para quem falar mais alto, ou para quem tiver mais força.

A inflação dos direitos, cujo único resultado possível é a alienação de todos e quaisquer direitos, é também a inflação da irracionalidade animalesca a que assistimos. Passamos, duma escala familiar com criancinhas mimadas, a uma escala de estado social global que só produz formas de vida acéfala com fortes instintos animalescos. Esta sociedade selvagem é, apenas e só, o produto acabado que andámos a produzir desde os finais do séc. XIX. É, afinal, o que merecemos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Eleições USA: O futuro da mais brilhante e livre nação da história



Complementar I: Anúncio Presidencial


Complementar II: Uma estrela em ascenção

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um palhaço merdoso

Pouco passava do meio-dia quando recebi uma chamada para me dar conta do rompimento das negociações referentes ao orçamento de estado.

Ao que parecia, o PSD retirava-se das negociações, por não haver a mínima intenção do governo em negociar coisa alguma.

Depois duma entrada de leão, com declarações do género "o estado não tem que ter negócios" e outras mais, Passos Coelho estava cada vez mais encurralado pela necessidade de ter de deixar passar orçamento e ficar irremediavelmente ligado ao mesmo. Alguém que ainda tinha algum capital de reserva por não ter estado ligado de forma evidente a anteriores governações, estava cada vez mais convencido que o iriam obrigar a mexer na merda. Ficaria a cheirar mal.

Penso que não terá outra hipótese. Agora, além de ir mexer na dita e ficar com as mãos sujas, fica também a demonstração de que a seriedade e rectidão já era. Estou perfeitamente convencido que o PSD irá viabilizar o orçamento, e sacou dum truque de circo apenas para convencer a trupe de que não terá nada a ver com o que for aprovado e com as necessárias consequências.

Isto é política e não tem nada a ver com ciência, factos, lógica ou razão. É um circo, e tem a ver com a forma como se consegue manobrar a imagem no imaginário duns tansos que dão pelo nome tribal de "portugueses". Esses que, chegada a hora, não saberão distinguir entre um homem convicto, um mal cheiroso frontal, ou um palhaço merdoso.

É claro que posso estar profundamente enganado. Afinal, até podem chumbar o orçamento. Todavia, continuo a acreditar mais em gráficos do que em políticos. Mais logo se saberá.

Mais vale um gráfico, que um político

Absolutamente nada de estranho: a realidade não pode ser alienada, nem pela maior fantasia ou pelo maior charlatão.

Acredito mais no gráfico do que nos políticos:

Ulisses Pereira, in Jornal de Negócios

Quando, há algumas semanas atrás, escrevi que caso o PSI quebrasse a sua resistência, seria o prenúncio de que o Orçamento de Estado seria aprovado
Quando, há algumas semanas atrás, escrevi que caso o PSI quebrasse a sua resistência, seria o prenúncio de que o Orçamento de Estado seria aprovado tive que ouvir alguns amigos meus dizerem que eu estava a ensandecer e que já não bastava fazer análises através de uns rabiscos nos gráficos quanto mais achar que o país era movido pelos gráficos. Há duas semanas atrás, o PSI quebrou mesmo a sua resistência e, a partir daí, na minha cabeça ficou claro que o Orçamento iria ser aprovado.

O mercado tem uma enorme capacidade de antecipação. A verdade é que - quase sempre - o grande capital não só conhece as decisões como tem capacidade para as influenciar. E, tal como escrevi há algumas semanas atrás, uma das razões pelas quais sou um grande defensor da análise técnica é que, ao contrário das pessoas, os gráficos não mentem. E, apesar da sua frieza, neles conseguimos perceber emoções, decisões, medo e ganância.

E foi curioso como, no meio deste turbilhão de declarações e indefinições políticas, em conversa com deputados do PSD (o partido que, verdadeiramente, decide a aprovação do Orçamento) eles me diziam estarem convencidos que não ia haver mesmo aprovação e que eu os contrariava, porque o gráfico da Bolsa portuguesa dizia claramente que sim.

Lembro-me sempre da dicotomia política versus economia quando ocorrem segundas e terceiras fases de privatizações. Nessa altura, questionam-me sempre se, antes dessas fases ocorrerem, não haverá tendência para o Governo tentar, de alguma forma, puxar pelo preço das cotações da empresa para poder vender a melhor preço. Quase sempre ocorre o contrário, o grande capital consegue pressionar em baixa as cotações para poder comprar mais barato. Raramente a política vence os fortes interesses económicos.

Mas olhemos para o gráfico. Quando há duas semanas atrás, o PSI quebrou a zona de resistência entre os 7500 e os 7600 pontos, o mercado português deu o sinal de compra de curto/médio prazo que há tanto tempo vinha referindo. O índice português tem a resistência mais forte apenas nos 8900 pontos, embora possa ter uma resistência mais ténue na zona dos 8300 pontos, último máximo relativo deste ano.

Naturalmente que, em termos de longo prazo, continuo a defender que só podemos decretar o "Bull Market" (como se isto dos mercados funcionasse por decreto…) em caso de ruptura da grande resistência dos 8900 pontos, a grande muralha do mercado português. Contudo, em termos de curto/médio prazo, enquanto o PSI se mantiver acima da resistência quebrada dos 7500/7600 pontos (novo suporte) os touros estão no controlo da situação.

Estranho mundo este em que acredito mais num gráfico do que na palavra de quem toma decisões. Estranho mundo este em que os banqueiros, no momento da tomada de decisão, visitam o partido da oposição. Mas este é o mundo real. O nosso. Aquele em que os políticos preferem fingir que negoceiam na praça pública em vez de se reunirem como no mundo real.

Se o Orçamento não for aprovado, terei que aturar os meus amigos a dizer que tinham razão. Nesta altura, pelas declarações dos políticos, tudo parece apontar para isso mas, como disse, acredito mais nos gráficos do que nas palavras dos políticos. E é por isso que sou daqueles que acha que vai mesmo haver Orçamento. Será desta que os gráficos me atraiçoam?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OE: tapar os sintomas ou curar a doença?

Quando alguém está doente, o que deve fazer: baixar a febre e acabar com os sintomas, ou curar o que provoca os sintomas?



Via: O insurgente

sábado, 2 de outubro de 2010

Mercado vrs Estado (ou pseudo capitalismo)

45 minutos de documentário que certamente não passará em nenhuma televisão. Em metade duma partida de futebol poderás ficar a saber o que se passou, como se passou e porque se passou.

A conta que te apresentam tem responsáveis. E tão responsáveis são os que a criaram, como aqueles que berram para o lado errado porque "cego é aquele que não quer ver".

Liberdade, mercado, capitalismo... OU... estado, intervencionismo/proteccionismo, colectivismo. Não podes ter os dois e muito menos confundi-los. Escolhe.

Não podes sequer fingir que não sabes. Nem evitar uma escolha. A evasão duma escolha obriga a outra: que sejas um burro ou um pulha.

Abre os olhos! Vê:



Bom fim de semana

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tempo de pagar as contas

Porque 3 meses é demais, e porque as novidades em Portugal parecem trazer tempos agitados, regressamos aos nossos pensamentos.

Desta vez com uma coisa leve mas que, na verdade, resume tudo o que para aí vem. Poder-se-ia perguntar:

What kind of cruel fate is this, dear reader...when even the zombies on the public payroll aren’t safe from layoffs? Have the gods turned against us?
- Bill Bonner, on the Daily Reckoning

Claro que na bela praia lusitana não vamos tão longe. Seria impensável o despedimento de gente que só sobrevive e recebe ordenado porque o seu patrão detém prerrogativas de confisco e não precisa de satisfazer qualquer cliente.

Nem faria sentido transferir mão de obra do sector distributivo para o produtivo. Há realmente muito para distribuir e não se podem dispensar tais recursos!!!

Recursos (braços) necessários à produção continuarão dedicados a uma economia que apenas distribui criação alheia. Não só pesam de um lado da balança, como fazem falta no outro.

Não me parece que Deus (ou os deuses) tenham muito a ver com a questão. Parece-me, tão simplesmente, que é tempo de... PAGAR AS CONTAS.

Mas como se impõe, uma vez mais serão os contribuintes responsáveis a pagar pelos irresponsáveis. Quem produz, a pagar por quem nada faz. Quem constrói, a pagar pelos que só sabem destruir.

Enfim. Pelo menos terão mais 5 ou 10 por cento de alívio, quando partilharem o saque... A conta, essa, será paga pelos de sempre: a trabalhar, a produzir e a satisfazer quem sabe que tem de pagar pelo que deseja.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Capitalismo Contemporâneo

O papá já deu autorização. As crianças podem agora trocar os brinquedos e voltar às brincadeiras. A vida segue dentro de momentos...

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Não foi a Sonae, será a Telefónica?

Quem acabará de vez com a aberração "desta" PT? É a pergunta que se impõe.

Mais uma OPA ameaça a PT, desta vez da espanhola Telefónica, aborrecida com a recusa da PT em vender a posição que detém sobre a brasileira Vivo. Será a PT uma coisa assim tão apetecível para a Telefónica? Aliás, no grande quadro global de negócios, será a PT assim tão apetecível para alguém que não seja o estado português e os seus amigos? Não sei. Mas o que motiva os espanhóis é outra coisa: se a PT não deixa os espanhóis avançarem sobre o - esse sim apetecível - mercado brasileiro, os espanhóis compram a PT e esperam assim resolver (eliminar) o problema.

Os "analistas" (como se chamam os tipos das análises) parecem divididos sobre a capacidade da PT em resistir a esta OPA. Eu não. Mas também não sou analista nem tenho recados de ninguém para "fazer passar".

Aliás, a suposta divisão dos "analistas" é apenas veiculada pelo Público, talvez com o fracasso da OPA da Sonae ainda na memória. O Diário de Noticias, talvez por ser mais amigo dos "amigos da PT", prefere apregoar a procura de um aliado poderoso para proteger a menina.

Mas mesmo na visão mais puritana - talvez até ingénua - do Público, onde se equaciona a possibilidade de quebrar a aberrante teia blindada que são os estatutos da PT, se encontram sinais do inevitável rumo da coisa.

Diz o Público no sub-título que «O peso dos accionistas portugueses na PT é "crucial" para o desfecho de uma OPA, já que a blindagem de estatutos, que limita em 10 por cento os direitos de voto, pode ser insuficiente para travar o negócio, consideram os analistas.» Ora, até poderia ser verdade se a questão fosse a dos "accionistas portugueses", mas os accionistas "portugueses" são, essencialmente, um grupo de "portugueses amigos da PT" que partilham a gestão da amiga com um outro amigo mais velho detentor duma Golden Share que, entre todos, criaram, defendem e adoram a blindagem. A Sonae também é portuguesa, o problema foi não ser amiga.

As tendências que marcam:

a) As fontes mais ligadas à ideia de que a OPA possa ser uma possibilidade, mesmo na versão idílica do Público, passam uma imagem pouco firme. Pedro Lino, que honestamente dá a cara, afirma que «O sucesso de qualquer OPA, hostil, ou não, depende do preço oferecido. Se for atractivo, é muito difícil a Portugal Telecom (PT) resistir sem a intervenção do Estado... são assim as leis de mercado.». Não me parece que as leis do mercado se possam confundir com a intervenção do estado. As leis da PT não são as leis do mercado: são as leis do estado, as leis dos "amigos da PT", as leis da blindagem, da Golden Share, as leis que nos (des)governam. Foram estas as leis que ditaram o falhanço da OPA da Sonae que, mesmo fraca e muito baseada em dívida, chegou para abanar a PT. Não se confunda uma coisa com a outra: com base nas leis do mercado, a portuguesa mas não amiga Sonae tinha comprado a PT.

b) Outros "analistas" cujas "análises" o Público também transmite, convenientemente anónimos, provavelmente amigos dos seus amigos e - evidentemente - também da amiga destes, lembram que «a OPA da Sonae foi chumbada sem o Estado usar a 'golden share'», como se a golden share precisasse de ser usada doutra forma que não apenas como fermento duma bela amizade. A golden share é, grosso modo, como a bomba atómica, uma arma de dissuasão que, podendo ser usada em circunstâcias extremas, serve sobretudo para manter os "amigos" debaixo de olho. Basta lembrar que ela existe para que o efeito funcione - o que já irritou a comissão europeia.

c) Fora a bandalheira e a batota resta, como acção honesta e pelas leis de mercado, o recurso a um aliado de peso - um novo "amigo". Esta é a visão que o Diário de Notícias apregoa. Necessáriamente será um amigo não português e já se fala mesmo no exponente Carlos Slim. Uma solução tão sensata quanto escolher as meias pela cor do cabelo: será o equivalente - na lógica dos amigos - a recusar vender Portugal a Espanha, para o entregar ao Méxic(o)ano. Se quiserem manter a dialectica da nacionalidade (e esquecendo a falta de coerência com a oferta da Sonae), terão de fazer algo de semelhante ao que fizeram para Pepe, Deco e Liedson, para manter a fraternidade num quadro nacional.

Mais tarde ou mais cedo, batotas e trafulhices não serão suficientes para adulterar a Razão. Os recursos - tal qual o dinheiro - não têm nacionalidade. O dinheiro - tal qual os recursos - não tem sustentação no vício, na desonra e no compadrio.

Não foi a Sonae. Pode não ser a Telefónica. Pode ser que seja de podre, na rua, num dia de tempestade...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Como poupar 1 700 MILHÕES Euros sem aumento de impostos

Recebido via e-mail, uma proposta para como poupar 1700 Milhões de Euros se aumento de impostos e sem cortes no investimento.

Sabendo que se podia e deveria até ir mais longe, aqui está pelo menos uma boa base de trabalho para gente séria. Vale a pena ler, sobretudo os anexos, que revelam informação de forma simples e reveladora do estado da corte. Aqui fica:

MAPA-RESUMO

MAPA-ESPECIFICADO


CONCLUSÕES/MANIFESTO

1 A necessidade de uma cobertura adicional de mil e setecentos milhões de euros seria perfeitamente dispensável se cada Ministério e demais Instituições Gerais do Estado, em cada 100 euros, poupar um euro e onze cêntimos aproximadamente;

1.1 Em anexo segue o mapa das àreas de Cada Grupo/Ministério onde se propõem os cortes orçamentais de 1,1% do "bolo" total;

2 Não foram mexidas as dotações orçamentais para a Saúde, ensino Secundário, Segurança Social e Cultura, tão pouco, não foi mexida a rubrica (50) dos investimentos do Plano em cada área MAPA-RESUMO;

3 As Autarquias Locais e as Regiões Autónomas mantêm totalmente as suas dotações orçamentais;

4 Pedir sacrifícios ao Povo (trabalhador) português mantendo incólume as despesas correntes da Administração Pública Central é injusto e viola o princípio constitucional do direito à igualdade, lato sensu;

5 Justifica-se pois que o Governo mude de atitude, mostre coragem, DÊ O EXEMPLO, e não aumente os impostos directos e indirectos;

6 Caso o Governo nada faça, está preparada uma petição a apresentar na Assembleia da República exigindo a alteração à lei do orçamento de Estado, em especial ao Mapa II ("Despesas dos Serviços Integrados, por Classificação Económica, especificadas por Capítulos"), lei publicada no Diário da República, 1.ª Série, N.º 82, de 28 de Abril de 2010;

7 Precisaremos, então, de 5.000 assinaturas para que esta petição dê seja discutida directamente no Plenário da Assembleia;

8 Cabe a ti, cidadão português, continuares "carneirinho", acenar o lenço ao Papa, e a engolir o que te colocam nos olhos (Benfica, Mundial de Futebol e Fátima), ou então mostrares que és homem e mulher de corpo inteiro, que se preocupa com o futuro
dos teus filhos e que pretende moralizar esta "bandalheira" das contas públicas do Estado;

9 Em especial quando serão sempre aos mesmos a pedir-se sacrifícios pelas asneiras que fazem com os impostos que pagamos, sustentando políticos (e clientelas) que não defendem Portugal, nem o seu Povo, muito menos as classes mais desfavorecidas.
10 Quem não tem dinheiro e não pode pedir emprestado, então que poupe até tê-lo. Isto é básico. Devia ser assim nas famílias, nas empresas e devia ser com o Estado!
11 Para que não acusem de apenas "deitar-abaixo", está aqui uma proposta concreta que calaria a União europeia e as agências de rating;

12 Mexe-te! Mostra que és patriota e QUE não estás conivente com com este estado de coisas. Ao menos uma vez na vida ganha coragem para resistir e reclamar. Não sejas covarde;

13 Circula este e-mail e seus anexos pelos teus amigos e conhecidos e pedes-lhe que façam o mesmo;

Não deixes que te levem a melhor outra vez!
Não pagues mais impostos injustos e injustificáveis!
Mostra que és português e não um mero tuga!
Não sejas outra vez "carne para canhão"!
Atreves-te?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

E se fossem todos à merda, heim?!

Tens que ter medo!!! DEVES TER MUUUUUIIIITTTTOOOO MEDO!!! Os mercados andam aí e o ataque é impiedoso. Eles vêm de noite, às escondidas, e começam por levar as crianças. Depois começam por soltar as feras de estimação. Sim, porque um mercado que se preze tem sempre uma fera, mais ou menos como um humano que se preze tem sempre um cão ou um gato. Depois de soltarem as feras, levam os mais débeis e fracos primeiro e os mais fortes logo de seguida. Depois submetem os primeiros a impiedosa tortura, perante o olhar dos segundos, que assim vergam psicologicamente. É assim que os mercados vão conquistando o nosso planeta, como fizeram com tantos outros. Sim, porque os mercados são uma raça que destroi e avança de planeta em planeta, até à conquista total do universo.

E se fossem todos à merda, heim?!

Lembras-te de um velho anúncio de televisão sobre flores e um cheirinho de perfume? Então pergunto: E se de repente um desconhecido te pedir dinheiro? Tu emprestas, claro! Sem fazer perguntas nem estabelecer regras ou contrapartidas. Caso contrário tu és um mercado e devias ter vergonha. Serás o próximo alvo a abater - um inimigo da raça humana. Pior do que um mercado, serás um humano traidor que te vendeste aos invasores.

O juro da dívida Portuguesa, Grega, Espanhola, etc, é estabelecido LIVREMENTE por acordo entre quem tem o dinheiro e quem o quer. É justo que se alguém quer algo de outrém, ambas as partes negoceiem livremente e cheguem (ou não) a acordo. Convém aqui esclarecer que a dívida soberana (dos estados) não está indexada. Quando a taxa varia, ela afecta a dívida a emitir e não a que já está emitida, ou seja: cada empréstimo é um negócio próprio. Ao contrário do que acontece com a Maria ou o António, cujo juro do empréstimo bancário é manipulado por esses mesmos governos através dos bancos centrais (no caso do euro, através do BCE e da euribor) e em que a liberdade da negociação é limitada ao spread. A taxa de spread varia em função das garantias e do risco de quem pede o dinheiro e é também fixada em cada negócio de forma independente e (mais ou menos) livre. Ou seja, o risco e a credibilidade do DEVEDOR estabelece a taxa de juro. A rentabilidade e o ganho são por natureza proporcionais ao risco. A vida é assim.

Portanto, da próxima vez que um desconhecido vos pedir dinheiro e vocês não lho emprestarem, ou simplesmente pedirem garantias e estabelecerem condições, isso será um acto ofensivo da vossa parte - um ataque - lançado sobre uma presa indefesa que pretende viver à vossa custa - coitadinha!!!

O que te digo parece-te absurdo e não sabes porquê? Não entendes assim? não sabias? Então tu acreditas quando os telejornais e os comentadores te apresentam os parasitas como vítimas e as verdadeiras vitimas - os que sustentam as sanguessugas - como um agressor, e achas que não tens nada a ver com isto? Aceitas que quem produz tenha de depender da autorização e licença de quem nada faz, e que quem te dá trabalho, assegurando o teu ganha pão, te seja apresentado como um inimigo a abater, e acreditas que podes escapar ileso? Deixas que subvertam os teus principios morais e ainda te consideras inocente? Só porque não entendes ou não queres entender?

Não, meu amigo, não te limpas assim com essa facilidade nem lavas a consciência assim tão simplesmente. Eu não deixo. O culpado encontra-se no espelho que tens à tua frente.

Leste sem reacção, nos jornais desta manhã, noticias sobre a realidade que agora estranhas - a realidade dum "mundo que não sabe que já não existe" - e mesmo assim tens o despudor de te considerares inocente?

Consegues explicar-me porque é que juntas o teu silêncio ao coro de crianças mimadas em que se transformou a sociedade, e que aclama coisas como: «Ministério da Cultura dá emprego a 50 jovens.(...) Gabriela Canavilhas diz é preciso criar um modelo que permita um aumento efectivo de receitas para apoio ao cinema.(...) Inês de Medeiros defendeu a necessidade de taxar “as novas plataformas onde a publicidade se foi instalar” e a obrigação das televisões privadas financiarem o audiovisual.(...) UGT defende que estado continue a pagar subsídio de desemprego nos primeiros meses após um desempregado começar a trabalhar.(...) Tribunal de Contas recomenda a governo aumento de capital do Metropolitano de Lisboa para evitar falência técnica.(...) Assembleia Municipal de Beja chumbou privatização do Diário do Alentejo.(...) Teresa Lago diz que (...)tem que haver mais dinheiro.(...) O Estado vai apoiar com 82 milhões de euros (...) muito aquém do desejado, diz a Confap.(...) Empresa pública endivida-se para comprar imóveis ao Estado.(...) Gabriela Canavilhas, anunciou ontem que o Estado vai dar 6,6 milhões de euros até Junho para o Fundo de Investimento para o Cinema e Audiovisual.» ?

Será que esperas que um dia chegue a tua vez? Aconchegas a alma com o pensamento de que um dia, se precisares, também poderás beneficiar? É por isso que agora te acanhas?

Esperas que colabore no branquamento da tua opção? Crês que essa seria a atitude correcta da parte de um amigo? Um gesto de amizade da minha parte? Diz-me então que género de amizade posso eu esperar de alguém que, secretamente, anseia pelo momento de se tornar um parasita?

Olha á tua volta. Mas daqui em diante tenta VER enquanto olhas.

O FMI declara que não se deve acreditar demasiado nas agências de rating... a não ser quando elas dizem coisas boas, claro! Mesmo que seja mentira, se for benéfico está tudo bem.

O Presidente do BCP afirma que "se Portugal esta sob ataque, foi porque se pôs a jeito"... e voilá como, apesar de se denunciar a atitude pouco responsável da tua querida vítima, numa estucada se sanciona a inversão dos papeis. Será que a Maria e o António, devedores do BCP e actualmente incapazes de devolver o que pediram emprestado, também estão sob ATAQUE do BCP porque se puseram a jeito?

A indefesa vítima apela às crianças mimadas a que te juntaste e afirma que "o país tem de responder a este ataque dos mercados". Claro que deixar de emitir mais dívida está fora de questão. Então e os portugueses, sem estado, iriam viver do quê? A solução, diz a vítima, está no país...

O país?! O país não tem de fazer nada. O país NÃO DEVE FAZER NADA. Quanto mais alguém fizer, construir e criar uma milésima que seja de riqueza ou valor, mais os parasitas travestidos de vítimas vão exigir, pilhar e sugar. Afinal, para que serve um hospedeiro, senão para garantir a sobrevivência dos parasitas?

Desta forma, através da subversão do conceito semântico da palavra "ATAQUE", se transformou e inverteu a relação entre vítima e agressor.

Não me peças para branquear a tua cobardia. A opção de te tornares parasita é tua. Já tens amigos que cheguem e não serei vosso hospedeiro. Pelo menos de livre vontade não o serei. Podes, também tu, ir à merda.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sociedade ou saciedade? O estigma da solidariedade...

Um por todos e todos por quem?

Já que o tempo para a escrita e desabafos escasseia - uma vez que nem todos podem disfrutar da solidariedade social e têm mesmo de fazer alguma coisa pela vida - desta feita aproveitarei uma mensagem alheia (que me chegou por mail) e que ilustra bem o caminho que nos vem sido traçado desde os primórdios do "estado social".
Foi-me enviada como verdadeira por um amigo e aqui fica:

Um professor que nunca tinha reprovado ninguém, reprovou numa ocasião uma turma inteira.

Foi num curso de economia. A turma insistia que o socialismo era praticável e que através da simples cooperação tendo em vista um bem comum, se obteria um resultado mais igualitário e justo do que aquele que se obtinha através dos mecanismos de competição e emulação.

Ou seja, sustentava a turma que o socialismo era mais eficaz e justo que o capitalismo.

O professor argumentou em vão pelo que, já em desespero, propôs a seguinte experiência:

Fariam os testes habituais, e a nota atribuída a cada um seria a média da turma. Os alunos aceitaram de imediato.

Todos tinham agora um objectivo comum e o resultado não poderia deixar de ser igualitário e justo.

No 1º teste, a média foi 15.

E aqui começaram os problemas. Aqueles que tinham estudado e a quem o teste tinha corrido bem, e que legitimamente podiam esperar um19 ou um 20, ficaram a remoer o desagrado.

Aqueles que nem sequer tinham pegado no livro, resplandeciam de felicidade e louvavam o socialismo. E a verdade é que se provava que todos passavam e com uma boa nota.

No 2º teste os que antes tinham estudado e feito bons testes, entenderam naturalmente que não necessitavam de se esforçar tanto. Já que iam ter 15 no máximo, escusavam de se matar a estudar. Os que antes não tinham pegado nos livros, mantiveram as mesmas opções. Não era necessário, a boa nota estava garantida.

Como é evidente, a média baixou para 11 e aí já ninguém ficou especialmente satisfeito. No teste seguinte a média foi 8.

Instalou-se a desavença, fizeram-se acusações de sabotagem, de egoísmo, de falta de solidariedade, etc.

O resultado foi que ninguém mais queria estudar para não beneficiar os outros. E a turma reprovou.

Não sei se isto é verídico, mas, mutatis mutandis, foi basicamente o que aconteceu nas cooperativas agrícolas soviéticas, portuguesas, etc.

Moral da História:

Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço. Tirar aos que se esforçam para dar aos que não se mexem conduz, mais tarde ou mais cedo, à discórdia e ao fracasso, porque quando metade de um grupo interioriza a ideia de que que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim .

O sistema de impostos progressivos e a inflação de subsídios "sociais", são os instrumentos privilegiados desta loucura socializante.

Obrigado ao António Farrajota, por esta "oportunidade de partilhar"...

terça-feira, 16 de março de 2010

PEC: Parvos, Estúpidos e Calhaus

Imagine que precisa de pagar 15 mil euros de uma dívida qualquer. Aliás, imagine que esses 15 mil euros não são a dívida propriamente dita mas sim o montante que lhe falta todos os anos, após o que recebe de ordenado e/ou outros rendimentos, para pagar todas as suas despesas. Na verdade, as dívidas que acumulou nos ultimos vinte anos ascendem a um montante de 145 mil euros. Acha que resolve o problema se cortar 35 euros por mês (420 euros/ano) na mesada do puto? Imagine então qual seria o objectivo de uma familia responsável: reduzir as despesas para eliminar o saldo negativo de 15 mil euros e viver dentro dos seus rendimentos ou, ao invés, estabelecer como meta passar a perder apenas 4950 Euros em cada ano e ficar contente da vida?

Agora experimente acrescentar seis zeros à equação: de 15 mil euros, passemos para 15 mil milhões, o valor do déficit em 2009 (9.3% do PIB). De 145 mil euros, para 145 mil milhões (o valor da dívida pública acumulada - cerca de 87% do PIB e a aumentar). De 420 euros, para 420 milhões - o valor estimado da "poupança" prevista com as alterações ao IRS propostas no quadro do PEC. E de 4950 Euros, imagine a grande meta de 3% do PIB para o déficit: uns belos 4,950 milhões de euros/ano.

Assim parece estabelecer o plano de salvação nacional
- PEC - que além de se fazer passar pelo que não é, ignora propositadamente os efeitos da sua própria aplicação. Senão vejamos o que, por via do aumento de impostos, serão os efeitos macro económicos do PEC:

A curto prazo, aumentar impostos deixa os contribuintes com menor receita disponivel para consumo próprio e das respectivas familias. Como as poupanças são fruto do rendimento e este será menor, a médio prazo far-se-á sentir uma redução nas poupanças e, por consequência, no investimento. O aumento de impostos fará também abrandar o próprio investimento já programado, uma vez que os rendimentos expectáveis desses investimentos passarão a ser menores devido ao superior nível de taxação. Com menor poupança e investimento, a produtividade será afectada e fortemente reduzida, afectando ainda mais todos os rendimentos, incluindo os salários já prejudicados pelo aumento inicial de impostos.

As receitas dos governos têm duas grandes origens: emissão de dívida e colecta de impostos. Este esquema de financiamento exige um equilibrio apurado e sensível. A actual situação é reflexo da pressão sobre a dívida portuguesa. Quando uma familia contrai um empréstimo dá como garantia a hipoteca ou um outro bem; um governo oferece como garantia a capacidade de taxar os seus cidadãos. Medidas como o PEC visam apenas e só dar sinais aos mercados de que o governo ainda tem capacidade (e coragem) de executar essa garantia. Não é serio pensar que um exercício como o que fizemos no inicio seja considerado uma solução. Esta só poderá estar na outra face das contas do estado: num corte sério e significativo da despesa.

Aumentar impostos é o equivalente económico a "roubar a uns para dar a outros", uma vez que só quem paga efectivamente impostos (os que trabalham ou de alguma maneira criam riqueza) serão alvo de qualquer cobrança. Em 2008, de entre cerca de 4.6 milhões de familias, mais de 50% estavam nos primeiros 3 escalões de IRS, e cerca de 3.8 milhões auferiam menos de 982,00 Euros por mês BRUTOS. É fácil perceber que entre os contribuintes há os que contribuem com pagamento líquido de impostos e os que, no saldo, beneficiam dos impostos dos outros.

Existem apenas duas fontes de despesas essenciais num estado de direito: a SEGURANÇA e a JUSTIÇA. Mesmo considerando apenas um congelamento das despesas com a educação e a saúde (os eternos elefantes brancos) há ainda muito por onde cortar, sem que o país se desmanche... Haja coragem, frontalidade e INTELIGÊNCIA.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Badalhoquices

Com algum atraso, encontro um post de João Rodrigues no Arrasão sobre a Pordata. Descrevendo a base como "excelente", o autor assinala criticamente o seguinte facto: "o Estado cria ou ajuda a criar e os 'privados' ficam com os lucros ou, quando não é caso disso, com o que importa: a estima e os louros que o dinheiro consegue comprar em sociedades demasiado desiguais".
(...)

Olhando com a atenção para as fontes de Pordata, constato que a base beneficiou não apenas do trabalho de recolha e organização de dados que António Barreto fez quando estava no Instituto de Ciências Sociais (do Estado) mas também do trabalho de recolha e tratamento de dados feitos por uma multidão de instituições estatais, tais como o Banco de Portugal, o INE, vários ministérios, a Biblioteca Nacional e outras. Um escândalo, na verdade.

Só vejo uma solução: enquanto o Estado não assumir a responsabilidade de produzir uma plataforma que organize toda a esta informação e a torne acessível, os privados não lhe deveriam ter acesso para os fins que entenderem. Que é isto de comprar "estima e louros" com informação gerada com o dinheiro dos contribuintes?

(...)

Que é isso de usar competências académicas adquiridas numa sociedade demasiado desigual e dados produzidos pelo Estado para obter estima e louros na comunidade académica? Em rigor, acho que apenas o Estado deveria ter acesso aos dados que ele próprio cria ou ajuda a criar, para não haver cá badalhoquices.



Por Pedro Magalhães, no "Margens de Erro", em resposta a um "tal de" João Rodrigues, sobre o PORDATA (que se recomenda vivamente e que pode ser consultado em www.pordata.pt)

Venha e depressa, essa privatização

REN vai atribuir prémio de desempenho a Penedos com votos contra dos privados.

A REN vai atribuir, sob proposta da Parpública, um bónus a José Penedos pelo desempenho em 2009, ano em que a empresa foi envolvida no caso Face Oculta, disse à Lusa Filipe de Botton, accionista pela Logoenergia.

Esta proposta, aprovada hoje em assembleia-geral da REN, incluía o corte em 50% do montante máximo do bónus e passou com 40% de votos contra, nomeadamente dos accionistas privados. Inclui não só o ano de 2009, quando José Penedos liderava a empresa, bem como o mandato de Rui Cartaxo, que termina em 2012.

In: Jornal de Negócios, 15/03/2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Alucinados por decreto

Acham que isto está mau? Então esperem para ver o que aí vem:

O grupo chama à sua versão de capital contingente "títulos híbridos regulatórios". A ideia é simples: os bancos devem ser pressionados no sentido de emitirem um novo tipo de dívida que se converta automaticamente em capital próprio se as entidades reguladoras determinarem que se está perante uma crise financeira nacional sistémica e se o banco estiver simultaneamente a violar as disposições em matéria de solvabilidade previstas no contrato dos títulos híbridos.

E se dúvidas houvesse sobre a natureza da ... ideia, esclarecidos ficam desde já:

Os títulos híbridos regulatórios teriam todas as vantagens da dívida em tempos normais. No entanto, nos períodos mais adversos, quando é importante que os bancos continuem a conceder empréstimos, o capital dos bancos seria automaticamente aumentado através desta conversão da dívida em capital próprio. Os títulos híbridos regulatórios são, assim, concebidos para lidarem com a própria fonte da instabilidade sistémica que a actual crise pôs em relevo.

E para memória futura, para quando vierem afirmar que a culpa é da desregulamentação, aqui fica:

Esta proposta atribui também um papel específico ao Estado, que deverá incentivar a emissão dos títulos híbridos regulatórios, pois só assim é que os bancos o farão. Estes títulos aumentariam os custos de capital para os bancos (porque os credores teriam de ser compensados pelo mecanismo de conversão), ao passo que os bancos prefeririam contar com o seu estatuto de instituição "demasiado grande para falir" e com os planos de resgate futuro por parte do Estado em caso de necessidade. Assim, será preciso aplicar uma penalização ou atribuir um subsídio para incentivar os bancos a emitirem títulos híbridos regulatórios.

Não gostas da realidade? Acaba com ela. A realidade é apenas o que reconhecemos enquanto tal... Certo???

Já sabem da ideia, conheçam o idiota

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A Viagem

Ele havia chegado mais cedo que o normal com um estrondoso ramo de flores, que jaziam agora no centro da mesa, como uma linha de fronteira entre ambos. Tudo se tinha passado neste dia como ela havia desejado. Ele levantou-se cedo e preparou o pequeno almoço que lhe deixara na mesinha de cabeceira com um cartão. Saira para o trabalho e fizera uma reserva para essa noite de forma a assinalar o dia. Agora, chegado o momento que exigira, ela não conseguia perceber o que estava errado e procurava desesperadamente uma forma de enquadrar os sentimentos no contexto. Sentiu-se aliviada quando o empregado se abeirou da mesa com a ementa para anotar o pedido - uma trégua na batalha que travava consigo mesma.

"Que vais querer?" perguntou ele, obrigando-a a fitar os seus olhos pela primeira vez desde que se haviam sentado naquela mesa.

"E tu?" respondeu, não como uma simples pergunta mas como quem lança um desafio.

"Tanto faz. Escolhe tu, que eu como o mesmo." rematou desinteressado.

Ela escolheu o primeiro prato da lista, não por uma qualquer preferência mas porque não se sentia com forças para ler o resto ou, talvez, porque num acesso de coragem repentino, desejava acabar com aquela trégua o mais rapidamente possível e voltar ao íntimo do seu campo de batalha.

Era sexta-feira e, há precisamente uma semana, ela tinha ficado a saber que hoje não estariam juntos. Ele estaria fora, numa oportunidade de viagem há muito desejada que lhe havia sido proporcionada para esta altura. Ela ficara a saber nesse mesmo dia e, contra todas as expectativas, conseguira expressar um tímido e nada sincero "fico contente por ti".

À medida que este dia se aproximava ela assistiu aos preparativos, escutou os telefonemas, presenciou as combinações e conversas intermináveis referentes à viagem que o esperava; e habituou-se a vê-lo numa aura de alegria despreocupada. Sem que ela se apercebesse, as palavras que diariamente trocavam foram diminuindo. No espaço de apenas três dias as discussões brotavam pelo pormenor mais insignificante e multiplicavam-se pelos minutos das horas que passavam juntos.

Três dias foi quanto levou para que ela se tivesse arrependido daquele tímido e falso "fico contente por ti" com que recebera a notícia. Desde segunda-feira, passara os dias a imaginar formas de lhe dizer o que verdadeiramente sentia. Queria - precisava - desesperadamente de apagar aquela falsidade proferida e confessar-lhe a verdade intestina que a consumia a cada segundo de cada minuto de todas as horas de cada um dos últimos três dias.

Nessa noite ele chegou de telefone em punho e pousou a mala à entrada do corredor. Seguiu para o quarto onde trocou os sapatos pelos chinelos que ela lhe havia oferecido no 5º aniversário de casamento, havia precisamente um ano e 4 dias. Passou pela cozinha onde lhe dirigiu um aceno terno e dirigiu-se para a sala de refeições para, como habitualmente, colocar a mesa para o jantar. "Chegamos na 6ª à noite... as reservas estão tratadas... do aeroporto ao hotel são uns minutos de táxi..." ia dizendo alegremente despreocupado, enquanto punha a mesa.

"Vais na sexta?" atirou ela, procurando parecer despreocupada.

"Sim, já te tinha dito."

"Ah! Pensei que fosses só sábado" mentiu. "não imaginei que não estivesses cá no nosso aniversário!"

"Desculpa" atirou ele, da forma mais sincera que ela jamais lhe tinha ouvido.

"Desculpa?!" disse indignada "desculpa pede-se quando se chega atrasado ou quando se pisa alguém no comboio, não quando se toma uma decisão consciente. Se até aqui pensei que nem te havias lembrado, esse «desculpa» dito dessa forma, lá do alto, só me diz que te lembraste, sabias e tomaste uma decisão"

"Que querias que dissesse ou que fizesse?" disse ele, sem sequer entender o que ela pretendia "não queres que vá? ficas feliz se eu não for?" perguntou.

"Acho que não deves ir. Acho que é uma falta de respeito e de consideração nem sequer colocares a hipótese de não ires ou de me levares contigo. Acho uma tremenda obscenidade a facilidade com que ignorámos até agora a questão do nosso aniversário e dessa viagem coincidirem na mesma altura. Acho uma tremenda aberração o facto de quereres continuar a ignorar esse facto"

"Desculpa, mais uma vez" disse, visivelmente desorientado.

"Vai à merda. Se não tens mais nada para dizer, vai à merda... e à merda da viagem" atirou ela, por entre soluços de raiva e mágoa, levantando-se da mesa e dirigindo-se para o quarto donde não mais saiu nessa noite.

Os restantes dias foram de um silêncio reciproco: dela para lhe recordar a exigência de uma escolha; dele por não saber o que dizer ou que escolha fazer.

Fora ontem, quinta-feira, que ele lhe dissera que havia cancelado a viagem na véspera. Ela sentiu um estranho arrepio na espinha, que tomou por uma reacção de felicidade pela escolha que ele havia feito. Esta manhã ela havia tomado o pequeno almoço que ele lhe deixara na mesinha de cabeceira. Fora ainda no confortável aconchego dos lençois que lera o cartão que acompanhava o tabuleiro: "Hoje venho mais cedo, está pronta para sair às 19h00, beijos." Ela experimentou novamente a sensação daquele estranho arrepio na espinha, que tomou por uma reacção à surpresa que a esperaria nessa noite.

"Não comes?" perguntou ele, fazendo-a notar que o empregado já havia servido a refeição.

Ela abriu nova trégua na batalha que travava, serviu-se duma garfada e perguntou: "Estás feliz por estar aqui?"

"Claro minha querida, feliz aniversário" disse, ao mesmo tempo que levantava o copo e lhe propunha um brinde.

Ela levantou o copo de encontro ao dele fazendo com que se tocassem levemente e emitissem uma pequena vibração que ela sentiu apoderar-se dos seus dedos, da sua mão e, lentamente, de todo o seu corpo, revelando-lhe a natureza dos arrepios que sentira na vespera e nessa manhã. Um sentimento de terror apoderou-se de toda a sua mente.

Ela exigira e influenciara uma decisão e ao fazê-lo, retirou-lhe todo o valor. A uma decisão vazia quantas não se seguirão? A que preço? Como poderá saber e distinguir umas de outras? Como poderá ela, a partir de agora, distinguir entre um sacrifício e uma vontade genuína?

Ela não sabia, ainda não podia saber, que era uma verdadeira egoísta. Não sabia, ainda não podia saber, que a mais sedutora forma de ser amado é sê-lo por um verdadeiro egoísta. Este dará a quem verdadeiramente ama o melhor que tem: dar-se-á a si próprio. Um verdadeiro egoísta jamais se contentará com algo que não tenha merecido. Dar-se-á sem sacrifício, por interesse próprio e não se contentará com sacrifícios feitos em seu nome, mas apenas com uma vontade genuína de entrega.

Ela percebeu finalmente que nunca desejou que ele ficasse. Nunca desejou que ele não fosse. O que não a deixava respirar e viver era, na verdade, o desejo sufucante de que ele nunca tivesse desejado partir.

Um estrondo fê-la recompôr-se. O copo caira-lhe por entre os dedos e o seu conteúdo regava agora as flores no centro da mesa. Ela podia ver - ou imaginar - as flores a crescerem espontâneamente. Aquela linha de fronteira entre ambos crescia agora diante dela e a olhos vistos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Recursos naturais

Para nós, [a liberdade de imprensa] corresponde ao poder dos jornalistas, e só deles, decidirem o que escrevem nos jornais onde trabalham, com garantias de autonomia face ao poder político, sim, mas também económico. E a um verdadeiro pluralismo político que não se limite ao centrão ideológico.

Segundo Daniel Oliveira, João Rodrigues, Pedro Sales, Pedro Vieira, Rui Bebiano e Sérgio Lavos, os jornais crescem nas arvores.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Duelo literário

Aproveitei a tarde de hoje para espreitar a Feira do Livro Antigo e do Alfarrábio no Mercado da Ribeira, por onde também passou - porque o vi - Paulo Branco, quiçá procurando fontes para futuras produções.

Na generalidade, uma boa exposição literária. A minha mais nova (6 anos) apareceu com um livro de dinossauros todo artilhado e, não por coincidência, dos mais caros. Daqueles livros em que uma imagem da besta é sobreposta pelo desenho do seu esqueleto numa folha de acetato e, entre ambas, uma simples folha branca. A pequena puxava a folha para fora e via o dinossauro no seu ambiente. Empurrava para dentro e, vendo apenas o esqueleto, exclamava contente: "Olha Pai: magia!!!"

Quando lhe mostrei a folha de acetato separada do desenho das bestas, explicando como a coisa funcionava, exclamou com toda a indignação que os seus 6 anos lhe podiam permitir: "Oh, estão-nos a enganar!". E lá foi toda lampeira, para alívio da carteira familiar, buscar um livro sério e sem excentricidades no preço.

Como feira de livros antigos, o que nos lá levara, não se pode dizer grande coisa: nada de grandes raridades e umas quantas (poucas) curiosidades históricas. Encontrei, isso sim, algo de que gosto particularmente: livros usados. Usados e não livros em 2ª mão. Se há coisa que detesto são livros que ninguem lê, ou que ninguem usou. Para isso prefiro novos. Usado é isso mesmo: lido, manuseado, marcado, sublinhado, anotado, rabiscado e outras coisas acabadas em "ado" que possam transmitir a sensação de que alguém, uma mente humana, dali retirou algo.

Adquiri 2 reliquias por 3 e 2 euros respectivamente: "A situação das ciências do homem no sistema das ciências" de Jean Piaget e "A brief History of Time" do físico teórico Stephen W. Hawking. Nada de especial pela edição em si mas que me chamaram a atenção pelas passagens fortemente marcadas a tinta pelos seus anteriores proprietários.

Das palavras de Stephen Hawking, a mente que o leu anteriormente destacou, a feltro cor-de-rosa, as seguintes passagens (traduzidas do inglês):

O sucesso das teorias científicas, em particular Newton e a gravidade, levou o francês Marquis de Laplace a defender, no inicio do sec. XIX, que o universo era completamente determinista. Laplace sugeriu que deveria haver um conjunto de leis científicas que possibilitassem prever tudo o que pudesse acontecer no universo.(...) Se soubermos a posição e a velocidade do sol e dos planetas num dado momento, podemos usar as leis de Newton para calcular o estado do sistema solar no futuro. PArece obvio neste caso, mas Laplace foi mais longe e assumiu que haveria leis a reger tudo o resto, incluindo o comportamento humano.

(...) As implicações [da teoria quântica] no determinismo só foram compreendidas em 1926, quando o alemão Werner Heisenberg formulou o seu famoso príncipio da incerteza.(...) para prever a futura posição e velocidade de uma partícula, temos de medir o sua actual posição e velocidade de forma exacta. A maneira de o fazer é incidir luz sobre a partícula (...) Contudo, segundo a teoria quântica, teremos de usar pelo menos um quantum de luz (...) que irá afectar a partícula e alterar a sua posição e velocidade de forma imprevisível(...)

O principio da incerteza de Heisenberg é uma propriedade fundamental e inevitável do universo

Aplicando o príncipio da "Razão de Occam", Heisenber, Erwin Schrodinger e Paul Dirac reformularam a mecânica numa nova teoria, baseada no principio da incerteza: a mecânica quântica.

Com efeito, [a mecânica quântica] tem sido um estrondoso sucesso e está na base de quase toda a ciência e tecnologia moderna

Na página 78 da relíquia Jean Piaget, uma outra mente sublinhou vincadamente a esferográfica vermelha o seguinte (no contexto da descentração no método científico):

(...) a descentração consiste já em não partir do pensamento individual como fonte das realidades colectivas, mas em ver no indivíduo o produto duma socialização.

Comparando, do mesmo modo, os desenvolvimentos multiplos da macroeconomia nos começos da ciência económica, com Adam Smith ou Rousseau, ficamos espantados com a descentração que se efectuou a partir desta abstração que era o homo economicus, imagem do individuo em certas situações sociais restrictas e muito especializadas: tanto na doutrina marxista da alienação, como nas análises probabilísticas e estatísticas de Keynes ou da econometria moderna é impossível não encontrar esta dimensão fundamental da descentração comparatista

Curiosa resposta foi dada pela mão que empunhou aquele feltro cor-de-rosa que, na página 73 da obra de Stephen Hawking sublinhou:

Poderá haver anti-mundos e anti-pessoas, totalmento compostos por anti-particulas. Contudo, se algumas vez encontrar o seu anti-eu não lhe aperte a mão.

Apetece-me gritar como a minha pequena: "Oh! Estão-nos a querer enganar". Vai ser curioso analisar as diferentes ideias que cada mente retirou de cada livro que leu. Estes dois serão, sem duvida, lidos em parelha. Com especial curiosidade e interesse naquele feltro cor-de-rosa...

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A licção de Chavez

A discussão tem, ultimamente, aparecido de forma regular. Quando a realidade aperta, e os delirios e delirantes são confrontados com a dura natureza e com a forma das coisas, a discussão aquece.

Muito se tem falado da moeda unica e da sua manutenção, da coesão interna da UE, económica e política - de que serve afinal uma união desunida pela adversidade? - num quadro de medidas que são, afinal e meramente, os típicos intevencionismos solidificados durante todo um século. Ninguém ousa pensar fora da pequena caixa de areia do recreio em que se transformaram a sociedades contemporâneas.

Em Novembro passado, o diário espanhol "El País" refletia sobre esse mesmo recreio, num artigo intitulado: "é possivel uma desvalorização interna?". A crua natureza objectiva da realidade, a que se vive fora da caixinha de areia, faz-nos sentir a concreta e inevitável desvalorização. Dentro da caixa, prostitutas e proxenetas equacionam as várias possibilidades de, manobrando uma massa de marionetas, articularem e/ou contrariarem a própria realidade.

Atados e amordaçados pela moeda unica, conjecturam soluções para "una devaluación interna que tuviera unos efectos similares a la tradicional "vía bajada de precios, sueldos y salarios"". Mas nesta caixinha, a "bajada" lê-se afinal "Los salarios españoles deberían crecer durante muchos años por debajo de la zona euro" - No coments...

Qual tubo de ensaio, as propostas de experiência na caixinha variam desde "una deflación del 20% de precios y salarios", passando por "una bajada de cinco puntos en las cotizaciones sociales y una subida de dos en el IVA" - que tipo de "bajada"? - ou ainda "reducir nuestros costes, no sólo el salarial; sino los energéticos, los de las infraestructuras...". Ninguém parece estar farto de tanta marioneta e de tanto cordelinho.

Chavez dispensou as prostitutas. Com uma mestria inacessível a aprendizes e aspirantes a proxenetas, passou à acção dispensando os preliminares. No nosso lado da caixinha, ainda que a medo e paulatinamente, vai-se também afirmando, em relação á desvalorização por decreto que "Dada nuestra situación económica, es la mejor opción a corto plazo para ganar competitividad pues hace todo el trabajo de una vez, y tiene menos efectos secundarios que otras opciones" - que "efeitos secundários" eu nem pergunto...

Neste lamentável quadro de opções, e admitindo a inexistência de um mundo livre, duma realidade natural e objectiva, negando a justiça dos direitos naturais de cada individuo e alinhando com essa corja de parasitas intelectuais que proclamam a inevitabilidade de uma sociedade canibal, podemos minimamente dizer que: louco por louco, antes os que se assumem.

domingo, 24 de janeiro de 2010

De "slow growth" a "slow death" em 30 minutos

FMI??!! Onde??!! Quando??!! Não ouvi...



Conselhos??!! Eu??!! "Not our role"... Cortar vencimentos??!! Tumultos??!! Nahhhh, isto é tudo mansos...



Aa2... TGV... Aeroporto... Junk Bonds

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Diz-me com quem andas...

... dir-te-ei quem és.

Passado o ano, retomo a escrita destes apontamentos com uma breve nota (já que o tempo escasseia), para salientar algo que a maior parte do mundo, distraído com a recente maximização das catástrofes de longa data no Haiti, parece não notar: uma tragédia humanitária por decreto de um homem só.

Dia 8 de Janeiro, Hugo Chavez anunciou a desvalorização da moeda venezuelana em 50%, por decreto, com efeitos a partir de dia 11.

Dia 12 pela manhã, todos os venezuelanos acordaram com metade do poder de compra, já de si miserável, que tinham na véspera. Viram o produto do seu trabalho, os seus ordenados e/ou reformas e as suas poupanças reduzidas a metade por mera vontade e capricho de um bronco embriagado pela ilusão de poder.

Paralelamente, Chavez e a sua corte recebem agora o dobro do que recebiam pela venda do espólio.

Para tentar evitar o INEVITÁVEL, as empresas foram proibidas de aumentar os preços, o exército colocado de prevenção, tendo Chavez dirigido um sonante apelo a todos os parasitas: "denunciem as empresas que aumentarem os preços para que nós possamos ocupá-las e nacionalizá-las".

Interroguei-me, à luz de um imperioso juizo moral: "Que género de homem deseja viver num país destes?". Certo que não haveria ninguém, depressa me desiludi. Todos aqueles que acorreram a informar o governo das empresas que aumentaram os preços, desejosos da ocupação, na ânsia do saque e do trabalho honesto de outrem, todos esses parasitas e saqueadores não outro país onde se sintam tão bem.

Alguns poderão pensar que nós, aqui em Portugal, nada temos com isso. Os media nacionais assim parece, dada a relevância que prestaram ou prestam ao assunto. Uma nota apenas, hoje, na imprensa económica, é suficiente para demonstrar o contrário:

Falta de divisas na Venezuela está a dificultar o repatriamento de capitais de empresas portuguesas.

O embaixador português na Venezuela vai reunir na próxima semana com as autoridades de Caracas para tentar ultrapassar as dificuldades sentidas pelas empresas portuguesas no repatriamento de capitais. A informação foi confirmada ao Diário Económico pelo ministro da Economia, Vieira da Silva, que cumpre hoje o segundo dia de uma visita oficial à Venezuela.

"Para a semana está marcada uma reunião entre o embaixador português em Caracas e as autoridades venezuelanas para ultrapassar esta situação que afecta não apenas as empresas portuguesas, mas todas as multinacionais com actividade na Venezuela", disse Vieira da Silva em declarações ao Diário Económico a partir de Caracas
In Diario Económico, 2010/01/22.

Curioso como o Ministro não se fez acompanhar dum batalhão de jornalistas e da corte habitual de bobos. A era dos "magalhanes" parece ter chegado ao fim. Diz-me com quem andas...