quarta-feira, 7 de abril de 2010

Sociedade ou saciedade? O estigma da solidariedade...

Um por todos e todos por quem?

Já que o tempo para a escrita e desabafos escasseia - uma vez que nem todos podem disfrutar da solidariedade social e têm mesmo de fazer alguma coisa pela vida - desta feita aproveitarei uma mensagem alheia (que me chegou por mail) e que ilustra bem o caminho que nos vem sido traçado desde os primórdios do "estado social".
Foi-me enviada como verdadeira por um amigo e aqui fica:

Um professor que nunca tinha reprovado ninguém, reprovou numa ocasião uma turma inteira.

Foi num curso de economia. A turma insistia que o socialismo era praticável e que através da simples cooperação tendo em vista um bem comum, se obteria um resultado mais igualitário e justo do que aquele que se obtinha através dos mecanismos de competição e emulação.

Ou seja, sustentava a turma que o socialismo era mais eficaz e justo que o capitalismo.

O professor argumentou em vão pelo que, já em desespero, propôs a seguinte experiência:

Fariam os testes habituais, e a nota atribuída a cada um seria a média da turma. Os alunos aceitaram de imediato.

Todos tinham agora um objectivo comum e o resultado não poderia deixar de ser igualitário e justo.

No 1º teste, a média foi 15.

E aqui começaram os problemas. Aqueles que tinham estudado e a quem o teste tinha corrido bem, e que legitimamente podiam esperar um19 ou um 20, ficaram a remoer o desagrado.

Aqueles que nem sequer tinham pegado no livro, resplandeciam de felicidade e louvavam o socialismo. E a verdade é que se provava que todos passavam e com uma boa nota.

No 2º teste os que antes tinham estudado e feito bons testes, entenderam naturalmente que não necessitavam de se esforçar tanto. Já que iam ter 15 no máximo, escusavam de se matar a estudar. Os que antes não tinham pegado nos livros, mantiveram as mesmas opções. Não era necessário, a boa nota estava garantida.

Como é evidente, a média baixou para 11 e aí já ninguém ficou especialmente satisfeito. No teste seguinte a média foi 8.

Instalou-se a desavença, fizeram-se acusações de sabotagem, de egoísmo, de falta de solidariedade, etc.

O resultado foi que ninguém mais queria estudar para não beneficiar os outros. E a turma reprovou.

Não sei se isto é verídico, mas, mutatis mutandis, foi basicamente o que aconteceu nas cooperativas agrícolas soviéticas, portuguesas, etc.

Moral da História:

Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço. Tirar aos que se esforçam para dar aos que não se mexem conduz, mais tarde ou mais cedo, à discórdia e ao fracasso, porque quando metade de um grupo interioriza a ideia de que que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim .

O sistema de impostos progressivos e a inflação de subsídios "sociais", são os instrumentos privilegiados desta loucura socializante.

Obrigado ao António Farrajota, por esta "oportunidade de partilhar"...

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