Deixar de ganhar parece ter passado a ser sinónimo de perder. Uma contradição que importa desmontar.
O conceito de ganhar implica mérito do agente ganhador. Mérito de, no mínimo, agir em seu proveito e na defesa do seu interesse próprio.
Para haver uma perda é imperativo que haja posse. Ninguém perde o que não ganhou e muito menos se perde o que não é nosso.
Quem pratica ou tolera esta metamorfose conceptual só se pode basear na crença de um sistema fiscal dotado de direitos naturais ou divinos. São os adeptos da religião "estado".
A não ser que o título do CM "Fisco perde 8 milhões com Veiga" se refira à perda de uma oportunidade de obter propriedade alheia e a notícia denuncie a acção como expropriativa, o conceito está descontextualizado.
Exceptuando as situações de competição, raramente "não ganhar" e "perder" são a mesma coisa... Enfim, facilitismos.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
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